Hoje, 07.08 2023, em Luboń – Polônia, celebra-se com grande ênfase a Festa do Beato Edmundo Bojanowski.
Às 7:00 horas, na Celebração Eucarística, o Celebrante Pe. Ambroży Skorupa SDS, proferiu a seguinte homilia:
A visão de Jesus e dos seus discípulos
Há algum tempo estive na Terra Santa. No Monte das Bem-Aventuranças, tive o privilégio de celebrar a missa. Depois de ler esta passagem do Evangelho, o Celebrante que presidiu a Celebração, pegou no lecionário e sentou-se na relva. Olhou para as pessoas e perguntou: porque é que eu me sentei? Ninguém se manifestou. Ele mesmo respondeu: porque o Senhor Jesus também se sentou. Tantas recordações. Jesus sentou-se e olhou para as pessoas. Quem é que ele vê? Vários – pobres, tristes, mansos, injustiçados – sedentos de justiça, perseguidos por causa da justiça. Viu também pessoas puras de coração, pacificadoras, misericordiosas. Na festa do fundador da Congregação, podemos perguntar-nos: quem é que Jesus viu no Monte das Bem-Aventuranças? Onde se situa o Beato Edmundo? Em que grupo o vemos? Para Jesus, sentados na relva, estão os desfavorecidos. Jesus vê também os conquistadores do reino dos céus, os alegres, os saciados, os proprietários de terras, os beneficiários da misericórdia, os contempladores de Deus…. Jesus vê os bem-aventurados, os felizes. Onde está o Beato Edmundo e qual é o meu lugar? Que perspectiva dou a Jesus que olha da Montanha, a Montanha das Bem-Aventuranças? Aparece na montanha! A Igreja propõe sempre o retorno à figura do Fundador. Hoje tem o rosto de Jesus do Monte das Bem-Aventuranças. Senta-se e olha. Quem é que ele vê? Vê as crianças abandonadas do campo, vê os pobres, os idosos. Vê os bem-aventurados, tal como Jesus. Ver o rosto de Jesus e mostrar seu rosto. O Arcebispo da Argentina, Prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé, Viktor Manuel Fernadez, durante várias semanas, comentou a tarefa da Igreja, hoje. Criticou a atitude defensiva, a atitude de defesa de Deus, a atitude de defesa da moral contra a exibição de Cristo. Jesus não coloca barreiras. Todos vêm ter com ele, ele os acolhe, olha-os com amor. Uma Igreja que mostra uma perspectiva de bondade. Uma Igreja que vê os bem-aventurados. Esta é a Igreja de hoje, a Igreja das jornadas mundiais da juventude, também é a Igreja dos que não estão lá. Tememos a crise da fé, o afastamento dos jovens da Igreja, o medo dos noviciados ou dos seminários vazios; por outro lado, não queremos ver o homem moderno com os seus vícios, com o seu estilo inaceitável. Aceitar os jovens com brincos, com calças rasgadas, com penteados diferentes, com tatuagens – queremos vê-los na catequese, na igreja, na peregrinação. Indicar às pessoas: ali, na montanha, está sentado Jesus e partilha suas bênçãos. Aqui está o Beato Edmundo e intercede por nós as bênçãos. Esta é a Igreja de Jesus, de São João Paulo II, a Igreja do Papa Francisco. É numa Igreja assim, que estamos.
